Na semana passada a Junta de
Freguesia de Lobão (+ agregadas) mandou instalar no passeio da Rua dos
Namorados, junto à antiga “Separadora” um painel a significar que ali começaria
a freguesia de Lobão
Parece que o presidente de Lobão
preveniu o de S. Jorge do que iria fazer. Não foi este ser apanhado de surpresa
então. Independentemente de se (não) concordar com a colocação do equipamento
em
território não de sua jurisdição, tendo avisado, tomou atitude decente.
Indecente, execrável, sem
vergonha, calão, incompetente, ignorante crasso, (basta lembrar-nos do “pesso”
desculpa, mas “deichei” o telefone em casa), totalmente desinteressado dos
interesses da freguesia que o elegeu (não elegeu um autarca, mas sim um
candidato a salário), por não ter reagido imediatamente à invasão do seu (ou
melhor “nosso”) território, reagido quer dizendo aos de Lobão que não
autorizaria a invasão quer, ao mesmo tempo, alertando os membros da Assembleia
de Freguesia e a população em geral para se criar uma frente defensora do
território.
Há anos, ocorreu veleidade
idêntica e a Junta de Lobão colocou, praticamente no mesmo sítio painel com o
mesmo sentido, mas, como nesse tempo havia presidente de Junta de S. Jorge, ele
próprio liderou uma equipa para arrancar o abuso. E o certo é que tomaram o
gesto como escarmento. Ao tempo, fazendo as coisas melhor ou pior, o presidente
defendia sempre S. Jorge e os seus domínios.
Também nesse tempo o presidente da
Junta era de S. Jorge, residia em S. Jorge e não na terra do “invasor”. Não
custa a crer que Lobão veio agora com a conivência vergonhosa de um pseudo
presidente de S. Jorge.
Sabe, ou deveria saber – como
mora em Lobão! – que temos de S. Jorge historiador ilustre e ilustrado que informaria
(se tivesse alguma dúvida facilmente a esvaeceria). E é capaz de haver em S.
Jorge quem pudesse dar algumas indicações a respeito. Atrever-me-ia a sugerir o
Pároco.
Há tempos, a propósito de outro
assunto o Senhor Prof. Eugénio disse, num colóquio / debate, cá em S. Jorge, a
que o presidente da Junta não assistiu, ou se assistiu não entendeu: “…
CANDEÍDOS (é assim e não Canda..) é nome de um antigo deus ou génio, venerado
por cá e que terá havido mesmo algures por cá um Santuário. O que se chama CANDEÍDOS
seria o espaço que vai desde a ponte com o mesmo nome e que termina no limite
de freguesia que será, segundo dados colhidos, algures entre a estrada de
Azevedo e a Cabine Eléctrica…” Acres -cento que a energia eléctrica foi
inaugurada em S. Jorge em 1931 e está escrito algures que a cabine é dessa
época e que foi construída em terreno de S. Jorge.
Só para dar um pouco de luz
informativa vou transcrever um pequeno texto que, não tenho a certeza, poderá
ser anterior à nacionalidade: “Et disserunt quator boni homines pro partiebat
terminus de Azeveduzio per rivum Uma cum Arcozelo, et in altera parte cum
Guizandi per Portela de Rotoa et per Portum Desposendi et quomodo vadit petram
Guemara et vadit ad Ribejrum.
Tenho uma tradução que haverá de
ser publicada, mas mesmo assim, não é assim difícil de entender.
José Pinto da Silva