segunda-feira, 6 de novembro de 2017

LIMITE DE FREGUESIA

 Na semana passada a Junta de Freguesia de Lobão (+ agregadas) mandou instalar no passeio da Rua dos Namorados, junto à antiga “Separadora” um painel a significar que ali começaria a freguesia de Lobão

Parece que o presidente de Lobão preveniu o de S. Jorge do que iria fazer. Não foi este ser apanhado de surpresa então. Independentemente de se (não) concordar com a colocação do equipamento em
território não de sua jurisdição, tendo avisado, tomou atitude decente.

Indecente, execrável, sem vergonha, calão, incompetente, ignorante crasso, (basta lembrar-nos do “pesso” desculpa, mas “deichei” o telefone em casa), totalmente desinteressado dos interesses da freguesia que o elegeu (não elegeu um autarca, mas sim um candidato a salário), por não ter reagido imediatamente à invasão do seu (ou melhor “nosso”) território, reagido quer dizendo aos de Lobão que não autorizaria a invasão quer, ao mesmo tempo, alertando os membros da Assembleia de Freguesia e a população em geral para se criar uma frente defensora do território.

Há anos, ocorreu veleidade idêntica e a Junta de Lobão colocou, praticamente no mesmo sítio painel com o mesmo sentido, mas, como nesse tempo havia presidente de Junta de S. Jorge, ele próprio liderou uma equipa para arrancar o abuso. E o certo é que tomaram o gesto como escarmento. Ao tempo, fazendo as coisas melhor ou pior, o presidente defendia sempre S. Jorge e os seus domínios. 

Também nesse tempo o presidente da Junta era de S. Jorge, residia em S. Jorge e não na terra do “invasor”. Não custa a crer que Lobão veio agora com a conivência vergonhosa de um pseudo presidente de S. Jorge.

Sabe, ou deveria saber – como mora em Lobão! – que temos de S. Jorge historiador ilustre e ilustrado que informaria (se tivesse alguma dúvida facilmente a esvaeceria). E é capaz de haver em S. Jorge quem pudesse dar algumas indicações a respeito. Atrever-me-ia a sugerir o Pároco.

Há tempos, a propósito de outro assunto o Senhor Prof. Eugénio disse, num colóquio / debate, cá em S. Jorge, a que o presidente da Junta não assistiu, ou se assistiu não entendeu: “… CANDEÍDOS (é assim e não Canda..) é nome de um antigo deus ou génio, venerado por cá e que terá havido mesmo algures por cá um Santuário. O que se chama CANDEÍDOS seria o espaço que vai desde a ponte com o mesmo nome e que termina no limite de freguesia que será, segundo dados colhidos, algures entre a estrada de Azevedo e a Cabine Eléctrica…” Acres -cento que a energia eléctrica foi inaugurada em S. Jorge em 1931 e está escrito algures que a cabine é dessa época e que foi construída em terreno de S. Jorge.

Só para dar um pouco de luz informativa vou transcrever um pequeno texto que, não tenho a certeza, poderá ser anterior à nacionalidade: “Et disserunt quator boni homines pro partiebat terminus de Azeveduzio per rivum Uma cum Arcozelo, et in altera parte cum Guizandi per Portela de Rotoa et per Portum Desposendi et quomodo vadit petram Guemara et vadit ad Ribejrum.
Tenho uma tradução que haverá de ser publicada, mas mesmo assim, não é assim difícil de entender.


José Pinto da Silva

sexta-feira, 23 de junho de 2017

QUAL SERIA MAIS TRÁGICO?


Acho que ao jeito de provocação, em função de alguns escritos que tenho protagonizado, colocaram-me a questão:
Morreram 64 pessoas, seres humanos de diversas idades, incluindo diversas crianças e pergunto: Se, por absurdo, fosse possível substituir estas perdas pelo desaparecimento de 6.400 cães, ou cães e gatos, qual perda seria mais trágica? Eu respondi logo, sem pestanejar: Mesmo que a troca fosse por 64.000, eu pouparia os 64 seres humanos..
Deu-me a entender que seria esta a resposta que eu daria. E fim de papo.

Mas... a questão até parece colocável...

José Pinto da Silva

terça-feira, 22 de março de 2016

CONGRESSO FEDERATIVO DE AVEIRO DO PS



Diria, para abertura, que a melhor coisa que este Congresso teve, foi o pretexto para saborear uma deliciosa POSTA DE VITELA GRELHADA na hora do almoço. O Congresso em si mesmo foi de uma sensaboria entediante. De manhã com as apresentações dos relatórios dos diversos órgãos relativos ao mandato anterior, sem nada de interessante, ao ponto de não ter havido nenhuma inscrição para debater nem Contas, nem Conselho de Jurisdição nem sequer actividade do Executivo. Tudo na boa paz dos anjos. Safou a manhã uma intervenção do presidente da Câmara de Arouca que, além da apresentação da sua própria actividade, obra feita e com contas mais do que em dia, fez um historial da (não) construção da variante Arouca / Feira, ou Arouca / A32. Ficou a esperança de que com o actual governo a obra avance. E foi curiosa a sugestão de que algum congressista apresentasse Moção a solicitar ao governo a execução desta obra. O Moção foi apresentada, discutido e votada favoravelmente.
De tarde, as intervenções repetiam-se - discutia-se (?) a Moção de Orientação cujo primeiro subscritor era o presidente da Federação (de manhã acho que não esteve presente) e aqui a sensaboria foi ainda mais acentuada. Nenhum deixou de quase "endeusar" o Pedro Nuno, agora membro do Governo, o que me parece que o ia deixando incomodado. Esperei até à apresentação pública das listas de candidatos aos diversos órgãos para o novo mandato. A lista fez-me lembrar a Câmara da Feira que investe tudo na zona mais a litoral, esquecendo de todo o leste do concelho. Da Feira, só houve integrantes saídos das freguesias a poente da EN1, excepto o António Cardoso, que é institucional. Fiquei abismado e até revoltado. Votei (como entendi) e vim embora.
Estranhei muito, muito, muito, e perguntei-me e voltei a perguntar, do porquê aquele nome a encabeçar a Comissão Política Distrital. Só encontro um razão: a de dominar (no sentido pelno do termo) a maior secção do Distrito e de a ter verdadeiramente domesticado, ao ponto de, com mais de 250 militantes inscritos, TODOS terem as quotas em dia e TODOS irem votar, pelo menos quando há alguma lista opositora. Há intrigas que não consigo desvendar e seria de se esperar que, a nível da super estrutura do partido, fosse determinada uma alteração de alto a baixo da organização interna das estruturas locais, concelhias e mesmo distritais.
Desabafei.
José Pinto da Silva